A sétima corda.

Tudo por acaso, um atraso e não me importo.

Você com sua miopia pode até não me ver em meio de olhares unidirecionados, mas eu, eu saí de casa pra te ver. Alguém me faça entender que frequência é essa que aumenta enlouquecidamente minha amplitude de vibração. Não tem fumaça que me embebede, calo que me distraia, luz que me faça desviar ouvidos de tuas músicas tão visuais.
Meu reconhecimento não detecta diferença de sua voz agora se comparada entre a acústica dos azulejos do meu banheiro e essa concha. Concha que podia caber em minha mão.
O tênis mais novo que o meu. Quantos anos você tem mesmo? Balanço, criatividade e disposição de um menino, leitura, fala e senso de velho. 
E teu corpo vibrando tenso como corda de violão, é esse som que te faz mexer ou é você mexendo que faz esse som tocar? Venha, que eu bato palmas pra você dançar, seus ombros colados a subir e descer. O oco dessa cintura de madeira tem pregas vocais ou são sua veias que são feitas de nylon? Você sem abrir a boca me diz, você só quando fala me faz balançar. Como pode brincar assim? colocando palavras vagas na ordem certa que me traz sentimentos mais belos sem ao menos me conhecer?
As vezes parece até que a gente deu um nó; Lenine, conte uma história pra eu dormir.

Comentários

Anônimo disse…
Este comentário foi removido por um administrador do blog.

Postagens mais visitadas