não sei porque você se foi. me pergunto que sentido, que razão, não tem, se tem ainda não achei, ou se achei, não quero aceitar. isso já tinha acontecido antes e não foi uma única vez, mas você sempre aparecia. por mais que se passassem dias, o vazio que estava em mim não era maior nem suficiente pra me tirar a vontade e esperança de te ter de novo. eu sempre soube que ia voltar, por mais que eu sentisse um aperto, alguma coisa me tranquilizava. Deve ser por isso que eu não consigo me conformar de uma vez, mesmo sabendo que agora você realmente se foi. Eu não sei explicar, mas ainda sinto sua presença, como se nunca tivesse partido, ou como se a intensidade de nossa convivência fosse suficientemente forte pra que nossa completude fugisse do plano material. você foi a única coisa que não se afastou da perfeição do meu imaginário mesmo sendo do mundo real, sempre o ápice do meu desejo, sem defeitos, não mudaria em nada, nunca almejaria algo diferente do que era você em mim. tudo bem que antes você sumia em minha casa, ou dentro de uma bolsa, e eu sempre te achava numa gaveta ou zíper qualquer. dessa vez foi diferente, eu te vi voando e caindo no meio de uma multidão, pra piorar, em pleno carnaval. foi horrível, mas enfim. nunca te esquecerei, você foi um bom anel, dragontino.

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