cinco minutos

Deixei salvo o seminário, usei o telfone e percebi que eu, às nove da noite, não tinha condições de estudar fisiologia do coração naquele cansaço de 3 horas de sono da noite anterior. Fui dormir, combinei com minha mãe, meu grupo de estudo e meu despertador: não me deixem passar das 12 horas, haja o que houver me acordem.
O que aconteceu foi que, eu, segundo relato de testemunhas oculares e auditivas, pois mesmo tendo participação na história não faço a menor idéia do que aconteceu, não acordei. Não ouvi nada, não vi nada, não me lembro de nada. Só às quatro e meia da amnhã, depois de um sonho bom, acordei pra viver a ironia de não ter gostado de dormir, vivi a ironia de reclamar do que não me acordou.
Minha mãe se defendeu: você me disse que sua cabeça estava doendo e era para eu te deixar dormir, você disse, disse sim, que sabia que tinha pedido pra te acordar e mesmo depois que eu perguntei se você estava consciente do que estava dizendo me respondeu que sim. Não, eu não estava consciente. Ou estava, não sei. Era minha cabeça usando de meu corpo pra me defender daquela rotina, eu precisava dormir. Não sei até que ponto minha necessidade de estudar era maior do que a dormir. Não, não fui eu quem disse pra não me acordar, não abri meus olhos, não percebi o mundo, meu cérebro cheio, minha memória cansada se defenderam do meu pedido, vejo assim.
Pois bem, já que inevitavelmente troquei estudar de madrugada e dormir de manhã por estudar de manhã e dormir de madrugda, tive que faltar aula. Mais ironia, minha irresponsabilidade é reflexo de uma tentativa de dar conta ao que me é proposto. Tive que faltar, faltei mesmo, a aula da disciplina propedêutica médica, que ainda, como se não bastasse tanta ironia, era sobre qualidade de vida.

Comentários

maybe disse…
I'm appreciate your writing style.Please keep on working hard.^^
Fernanda G. disse…
Nem, os efeitos dos estudos da medicina já estão em vc? Já me disseram que loucura é um deles. Meu nome é medo. hehehehe
Resenha, nem. Saudades. =*
mauro dourado disse…
Eu acredito que mente e corpo são cúmplices.

Adore, cinco minutos.

bjoa

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