Ser olhado de azul

Que coisa romântica é uma relação.

Melhor; que coisa romântica é uma função.

Bem que podia ser uma relação qualquer, como qualquer outro subconjunto do produto cartesiano. Qualquer, assim mesmo, qualquer. Ou outra palavra que designe melhor essa ideologia do tanto faz, do aleatório, da indiferença, outra palavra qualquer. Assim, caindo nesse mundo comteporâneo cheinho de coisas tão banais. Podia - assim só com o futuro do pretérito sem se referir a sonhos - podia, mas não é, mais que isso. Do estado de qualquereza a um balde de peculiaridades.

Seguindo assim, séculos. Escrevendo sua história, de maneira que a X e o Y formem pontos únicos que descrevam sua trajetória de maneira previsível, tão banderosa quanto o final de um filme de amor. E eles seguem assim mesmo, eu já vi. Dependentes, apresentam uma fidelidade que atrevessa qualquer data, qualquer idioma, qualquer lugar, sempre o mesmo par. Mas meiguice suprema seria uma função e ainda por cima bijetora. Ninguém sobra, todo mundo participa, a inversa atende as condições de existência, o remetentes e destinatários recíprocos, sem poligamias, cada um com seu par, e este sendo único, eternamente único.

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