O conto da caneta.

Uma mesa de cabeceira.
ele é organizado, perto do telefone tem um bloco e uma caneta.
todo mundo esquece de dar recado, quem nao esquece é porque anotou.

O que ela não notou, foi a paixão
da caneta pelo papel. eles ficavam sempre juntos
só se tocavam quando o telefone tocava.

Era uma torcida grande,
a caneta nao se movia. Prcisava de um auxilio de cinco dedos
o papel nem se manifestava
A cada toque de telefone, um toque de carinho da caneta.
era um número anotado e ela aproveitava pra se declarar.
palavras escondidas de puro amor.

os dias passavam, e era sempre o mesmo ritual.
deslizava a caneta em movimentos doces.
fazia questão de demonstrar seu afeto para aquele bloco, quadrado e amarelo
todo santo dia, ela lá. se esforçava pra nunca repetir um verso
sempre trazer surpresas pra encantar seu papel.
sempre, sempre, dia após dia. amando cada vez mais
um verso, uma anotaçao e lá se foi uma folha do bloco
um verso, uma anotaçao e lá se foi outra folha do bloco
.

Mas o que não podia ter acontecido veio.
a caneta cansou, interpretou como desprezo. o silêncio do papel.
teve a certeza de que seu amor nao tinha reciporcidade
achava, por causa do tempo, que o seu papel querido nao dava importancia para suas palavras
entao, ela resolveu ser mais doce do que seus doces versos de amor
nao quis mais deslizar, falhou.
nem sequer uma gota de tinta azul escura.

Mal sabia ela, que quando a caneta faz isso.
é com mais força que se tem escrever, um rabisco de linhas retas pelo canto
até a paciencia esgotar e quase rasgar o papel pelo meio.
e ele, ficou lá. todo amassado.
Pensou a caneta, "fiquei o tempo todo demonstrando meu amor,
a ponta cansa e não quer mais ser feito de besta. prefiri nao mais me desmanchar em versos por alguém que nada me da em troca."
E dali ela saiu. se afastou do bloco por quem era apaixonada a tanto tempo.
um orgulho em formato de gota congelada permitiu que eles se seprassem
e que ainda o papel saisse ferido.
A caneta ficou longe. Mas, mal sabe ela que, aquela era a última folha do bloco
e ele nao tinha conseguido dizer.
aquele amor era recíproco.
Ele fazia de suas palavras as dele. o sentimento era o mesmo.
o sentimento de "seja minha voz quando eu nao puder falar"
sua prova de amor nao era com palavras como a caneta podia fazer, era provar que sem ele
ela nao tinha como sequer se manifestar, uma relaçao de dependencia fez-se em amor.
o papel acabou ferido. nao tinha culpa coitado,
era mudo.

Comentários

Anônimo disse…
raii eu sei q era pra serrr um conto pra quem ler axarr bonito, romantico logo de cara...
mas pelo menos euu
axei muito engraçadooo
naum exatamente o q estava escrito
mas sim o jeito como vc narrava os fatos, detalhando de uma maneira bastante especiall..
no meio do conto q fui me deparar com o simples fato de estar lendo uma historia de amor..
historia essa naum muito comum
nem muito normall
nem tao pouco percebida
ou conhecida
mas uma historia basicamente diferente
e isso q deu um toque especial..

eitahhh q menina sensivelll
heihihihi
parabenss raiiii
vc tem talentooooooo!!!!
Anônimo disse…
Esse é um Conto Típico! Bastante Metafórico e muito bem bolado!

E eu tinha deixado passar... mas foi boa a surpresa!

Continue...continue...

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